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Carinho faz falta. Se faz!

11 | 05 | 2018
Fala Diretora
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Carinho faz falta. Se faz!

Carinho é a arma mais poderosa que Deus nos legou. Quem a utiliza derruba montanhas, mata leões, faz crescer flores ao seu redor, tem força celestial. Confie!
Carinho pode ser feito de tantas formas! Um olhar, um sorriso, um aceno, um toque ou também fazer por outras pessoas aquilo que nosso coração manda.
Nossos meninos precisam de muito carinho! Precisam mesmo! Precisam de verdade! O mundo atual está engolindo sentimentos e algumas pessoas estão jogando para sete palmos abaixo da terra valores e preciosidades. Pena!
Com isso, somos bombardeados com notícias estarrecedoras de garotos lindos, buscando em outra esfera aquilo que nesse planeta não estão encontrando.
Ouso dizer com tristeza, que há pais que pouco sabem sobre seus filhos. Estão atolados no trabalho e em outras atividades, levando uma vida perdida em materialismos e em consumismo.
Dizem que dão de tudo aos meninos. Que não lhes falta nada. Será?
Entretanto, na contramão, observo com satisfação pais e mães desfolhando as fibras do coração por seus rebentos, com garra e alegria. Que bom!
Na minha busca por gestos carinhosos, veja a Delfina todos os dias, levando o Juninho para a escola. Sobe e desce a ladeira com a mochila pesada do filhão quatro vezes por dia. De manhã ele faz atividades extra e à tarde estuda. Creio que ela leva o peso para que seu menino chegue na escola descansado e possa render mais. Divino!
Todos os dias a dona Genoveva encosta na grade do pátio trazendo pão na chapa para o netinho Felipe. Quentinho! Tudo enrolado em guardanapo e com um pouco a mais para que ele possa dar ao Renato, que perdeu a mamãe recentemente. Anjo!
Falar o que do Marcelo que trabalha até às 16 horas numa pequena fábrica, pega seu carro e roda com o Uber até às 8 da noite e chega esbaforido para fazer a lição de casa com a Mirtes e a Clarinha. Elas sabem que têm que esperar o papai. Ele adora fazer as tarefas e estudar com elas, pois diz que recorda o que já estudou e pode curtir suas gatinhas. Exemplo!
De novo lembro de minha vovó Otília que nunca me deu um beijo! Não era de beijar! Era de amar! Deixar no forno um pouquinho de tudo o que era servido durante o dia para que eu chegando da faculdade às onze e meia pudesse jantar. Eram tantos gestos de afeto para comigo e com os irmãos, que seu nome ficou gravado fundo em nossas almas. Bendita!
Gente, nossos meninos merecem todo carinho e atenção do mundo! O professor carinhoso marca com ferro seu nome na vida de seus pupilos. Tudo o que ensina, a turma aprende!

Sonia Regina P. G. Pinheiro