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Alunos , aulas, preocupações, cotidiano de nossas escolas!

13 | 02 | 2017
Fala Diretora
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Alunos , aulas, preocupações, cotidiano de nossas escolas!

Em muitas de nossas escolas começaram as aulas. Acabou a moleza!
Os pais esfregam as mães satisfeitos. Os pais dos meninos traquinas esfregam as mãos ainda mais satisfeitos. Sossego!
Os alunos estão em marcha lenta. Precisam aquecer as turbinas e não será uma tarefa muito fácil! Sonham ainda com a cama quente, com o celular, o tablet, o computador, a televisão, os passeios, as brincadeiras, enfim, estão levemente enferrujados.
Algumas escolas se preocupam com a chegada da moçada e sabem que têm que ter muito tutano para aquecê-los lentamente, desde uma excelente recepção, até atividades preparatórias que sirvam como condutoras para as boas práticas educacionais que vêm a seguir.
Temos o hábito de preparar uma conversa com os alunos maiores, selecionando as séries, com a finalidade de contar o que lhes reserva o ano letivo, matéria cunhada no período de planejamento dos professores.
Essa conversa contém também orientações, recomendações e retomada das regras gerais da escola. Dureza!
Basta olhar ao redor para verificar que boa parte dos meninos não está nem prestando atenção ao que está sendo dito. Alguns ousam soltar exclamações de desagrado quando ouvem proibições ou situações que devem exigir deles empenho para o desenvolvimento educacional.
Assim é a moçada e assim somos nós. Eles, precisando dos empurrões, ou ferroadas, como diria meu sogro, que Deus o tenha! Nós, com o bichinho da desconfiança a picar nossas ideias.
Será que estamos no caminho certo? Conseguiremos movimentar a turma em direção aos objetivos propostos? Lograremos atender as expectativas familiares?
Perguntas e dúvidas fazem parte do caminho do progresso e do sucesso.
Claro que a moçada prefere que nada deles se cobre e que continuem a empurrar com a barriga a vida escolar, para depois de um tempo chorar saborosamente o leite derramado.
Claro que não querem nossa vigilância, nosso controle, nossa influência, nosso dedo em suas rotinas cotidianas.
Ah, vem essa turma encher com insistência para que leiamos, para que nos concentremos e para que nos dediquemos, dizem os danados. Será que eles não tiveram infância? Não foram adolescentes?
Foi exatamente por termos tido infância e adolescência e graças a Deus pais chatos e vigilantes, que hoje somos imensamente gratos pelos cuidados e pelas broncas.
Sabemos que temos trabalho duro pela frente, mas como já disse uma vez, a vida é dura para quem é mole. Não é?

Sonia Regina P. G. Pinheiro