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Carinho e canja de galinha não fazem mal a ninguém!

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Carinho e canja de galinha não fazem mal a ninguém!

Puxa, mudei o ditado que é bem sábio! Por muitas razões, mas a principal delas é a de perceber que nos dias atuais o carinho tem ficado do lado de fora em muitas ações e é preciso resgatá-lo para nosso bem.
Há quem entenda carinho como apenas o toque generoso e meigo, que chega ao coração através dos sentidos. Quem pensa assim, perde a oportunidade de sentir com o os olhos e com o coração.
A mãe preparando o jantar e guardando um prato caprichado para o filho que chega da faculdade tarde da noite. A avó contando para os netinhos histórias de ontem, de anteontem e de todos os tempos. O avô guardando uns trocados para comprar sapatos novos para o netinho que vai fazer a primeira comunhão. O pai fazendo horas extras na loja para pagar o intercâmbio do filho caçula.
Carinhos grandes e pequenos. Mimos na alma! Coisas que ficam tatuadas na nossa memória e acompanham o crescimento de gente em pessoas.
É preciso colocar carinho em tudo o que fazemos. Os bebês notam o carinho dos pais. As crianças reparam em todos os pequenos gestos da família. Os adolescentes…Ah, esses sim precisam de muita atenção e carinho, mesmo quando nossa vontade é a de dar um belo peteleco!
Todos nós apreciamos descaradamente um carinhosinho. Não é?
E o que é que a escola tem com isso? Ouso dizer que temos muito com isso.
Todos nós da educação podemos e devemos ter carinho em cada uma de nossas ações, desde o planejamento dos cursos e das aulas diárias até os pequenos atos de cada dia.
Não precisamos e nem devemos tocar nos nossos alunos (mas os pequenos nos agarram, danados!) para que eles sintam o carinho que temos com eles ou não.
Não concebo educar sem que assim seja. Mesmo quando precisamos repreender a garotada, e isso é praticamente muitas vezes por dia, essa é uma amostra de carinho, de que nos importamos com os alunos e que desejamos o melhor para eles.
Alguns chegam nas escolas com a cabeça cheia de problemas que trazem dos lares. Alguns dos problemas são subjetivos também: autoestima, saúde, autoafirmação e muitos outros bichos medonhos. O que querem? O que queremos? Do que precisam?
É uma variedade muito grande de necessidades que podem ser minimamente supridas se cada um de nós, da família e da escola nos atentarmos para nosso papel e nossos deveres.
Ser educador hoje em dia, pai ou professor, é tarefa para super-homem com pós-graduação em Harvard. É duro, mas é tão bom! É tão bom que muitos, como eu, não jogam a toalha.
Carinho neles!

Sonia Regina P. G. Pinheiro