Colaboração também se aprende na escola.
Aprendemos não só na escola. Aprendemos pela vida desde o instante em que abrimos nossos olhos pela primeira vez. Fato sem contestação!
No entanto, pelo andar da carruagem, é na escola que devemos nos esmerar para ensinar e trabalhar com alguns valores que antes eram prioridade máxima nas famílias.
Um dos valores no qual devemos focalizar também é na colaboração.
Ajudar quem precisa de ajuda é uma forma muito eficaz de preparação para a cidadania.
As professorinhas de outrora (dos pequenos) e algumas de hoje se preocupam com as crianças que não demonstram nenhuma vontade de se mostrarem úteis para ajudar seus colegas e demais membros da comunidade escolar.
Lembro-me de um tempo em que os alunos disputavam arduamente o papel de ajudante do dia. Alguns até queriam embrulhar a professora, dizendo que fazia um tempão que não tinham essa tarefa. Danadinhos!
Para isso, eram feitas listas nas quais os ajudantes do dia se revezavam sem patifaria e marmelada. Servir e ajudar a professora eram ponto de glória e status.
Ainda hoje temos meninos que adoram fazer de tudo para a professora: carregar livros e demais materiais, ir buscar água, apagar a lousa e tudo o que a faina pedagógica pode sugerir.
Entretanto trabalhar com esse valor supremo vai muito mais além.
É preciso que os alunos mais talentosos e com facilidade na construção de conhecimentos se interessem por ajudar seus colegas menos agraciados ou em defasagem. Essa ajuda é valiosa, pois a linguagem entre alunos da mesma faixa etária facilita muitas vezes a compreensão do que em linguagem adulta estava difícil.
É imperioso também incentivar os garotos desde a mais tenra idade a colaboração com as famílias, pois muitos pais saem de casa bem cedo e só retornam tarde da noite. Fica mais leve o fardo se os filhos se ocuparem de pequenas (e grandes, porque não?) tarefas do dia a dia.
Campanhas na escola para auxílio de necessitados de carinho e de outros bens de sobrevivência também ensinam a gurizada a colaborar com seus semelhantes.
Todo trabalho fica mais leve com mais braços, mais cabeças e mais corações.
Não é preciso que as campanhas sejam feitas apenas na Páscoa ou no Natal, quando os corações estão sensíveis a qualquer sentimento.
Sejamos, pois, todos, arautos da ideia que colaborar com outros seres humanos, nas nossas possibilidades reais e totais nos torna mais gente, pessoa de bem e do bem.
Isso também pode se aprender na escola. Por que não?
Sonia Regina P. G. Pinheiro