
Educação vem de casa? Mito ou verdade?
Quando eu estava no ensino fundamental, minha mãe repetia todos os dias a mesma orientação: a necessidade de que eu respeitasse e obedecesse aos professores. Ai de mim se houvesse uma reclamação do meu comportamento (que devo dizer, não era realmente uma Brastemp!)! As chineladas, por descumprimento, eram quase sempre uma recepção bem dolorosa!
Nós chamávamos nossos professores por senhor e senhora. Isso também acontecia com respeito às pessoas mais velhas.
Carregávamos esses procederes pela vida toda! Até hoje sinto certa dificuldade de falar um “você” para pessoas que têm certa idade!
Ouso dizer que também nos anos 70 quando trabalhei no Grajaú, os pais não se preocupavam em perguntar sobre o desempenho escolar dos filhos; perguntavam se eles se comportavam, se eram respeitosos e obedientes! Gente muito especial! Uns queridos!
Os tempos são outros e muitas vezes nos causam certo mal-estar!
Alguns meninos, poucos, na verdade, não têm um comportamento aceitável.
Quando a falta de educação aparece, o respeito desaparece.
A escola deve cumprir o papel secular de ensinar os alunos os conteúdos necessários para a vida útil à sociedade. Educação informal! Não é uma tarefa fácil! O conhecimento atualmente está diluído e encontrado facilmente onde quer que se procure.
Quer saber um sinônimo, o resultado de uma operação matemática, o nome de tal rei responsável por tal feito…bastam alguns cliques e a resposta está na mão.
Quer fazer um texto, uma redação, um poema… também está na mão!
No entanto há alguns conteúdos que são pertinentes à moral e aos bons costumes. Esses não se encontram na internet muito pelo contrário. Se é que me entendem.
Esses preceitos quem deve ensinar é a família. Correto?
Só que na ausência de certos componentes próprios da boa educação, a escola interfere e por vezes surgem conflitos.
Há famílias que não aceitam que educadores chamem a atenção de seus filhos.
O educador de fato e de direito, permanece 24 horas na vigília e quando vê, já sai corrigindo. Eu mesma. Mania, defeito ou virtude?
Ensinar é um capítulo tenso no livro da vida! Ninguém tem a receita correta, mas com boa vontade podemos fazer com que as novas gerações não se percam em ações que atrapalhem a conivência saudável entre pessoas.
Sonia Regina P. G. Pinheiro