As ideias que circulam no campo da educação são diversas e numerosas. A grande maioria delas tem como objetivo claro, prover os alunos com atividades que venham a proporcionar bom aprendizado e desenvolvimento.
Com certeza algumas dessas ideias nascem e se nutrem da cristalização de práticas que enfurnam os alunos na sala de aula, no chamado ensino de cuspe e giz. Assim foi como aprendemos no passado. Não tinha outra saída.
Por conta desses pensamentos, alguns apregoam que quanto mais eventos extraclasse forem concebidos, mais alunos ficarão motivados a buscar o conhecimento. Na teoria, perfeito e na prática também.
Sendo assim, muitas escolas se esfalfam para organizar momentos pedagógicos que visam estimular a criatividade, aguçar a curiosidade dos meninos, recrear e ensinar.
Desta forma, há eventos programados que trazem também as famílias para a escola bem como a comunidade em geral. São feiras literárias e científicas, mostras culturais, show de talentos, festa junina, halloween, festa do folclore, festival de música e poesia e ainda sobra tempo para concluir a programação de cada série. Verdade? Sim!
Nós educadores de boa vontade nos esmeramos para dar à criançada toda essa imensa oportunidade de sair do lugar comum e buscar aprender de outra forma.
É muito trabalhoso e cansativo para os profissionais da escola. Para que tudo saia bem e a contento, a equipe precisa estar afiada e todos lutarem juntos para que os eventos sejam bem-sucedidos.
Algumas escolas fazem de tudo para diminuir cada vez mais os eventos extraclasse. Conheço algumas que não têm nenhum. Sexta-feira fecham a escola e fazem o sinal da cruz!
Não entendo.
A maior paga, depois de todo o esforço na preparação e concretização dessas atividades, é ver os alunos e pais felizes e saber que o conhecimento foi partilhado e construído de maneira lúdica, festiva ou simplesmente diferente!
Tenho alunos que ficam até doentes antes dos eventos, de tanto que anseiam por eles! Mães e pais nos contam que a criança no dia anterior de um destes, não dorme bem. Acorda de hora em hora e pergunta se já pode se arrumar para vir para a escola.
É nossa obrigação fazer de tudo e mais um pouco para que nossos alunos aprendam, gostem da escola e sejam felizes.

Sonia Regina P. G. Pinheiro