— Que sujeira é essa que está no seu tênis Amanda… pareceeee… areia?
— Mãeeeeee, não é sujeira, é areia… láaaaaaa do Parque da escola, que eu fui e é muito legal.
Eu peguei e tirei o tênis, a meia e comecei a pisar na areia… ela é fofinha, é areia, mãe.
Ela seguiu contando e eu imaginando as cenas nos meus pensamentos.
Conseguia visualizar os movimentos variados naquele espaço, a sensação da temperatura e dos grãozinhos de areia entre os seus dedos dos pés.
As pegadas deixadas na areia eram marcas divertidas entre outras que seriam descobertas.
A areia que ela aperta e solta, constrói montes e cria pontes.
O faz de conta envolvendo as conversas, o ventinho ajudando no movimento dos grãos.
As descobertas, sensações e momentos únicos que se revelam a cada visita ao tanque de areia.
Para alguns pode ser um tanque, para outros castelos encantados ou vales perdidos cercados por dinossauros.
Quando penso na areia, lembro da praia e das marcas que fazemos nas caminhadas.
Ou é ela que nos marca?
Não tem problema que o tênis, a meia, os pés ou a camiseta cheguem em casa com marcas de alegria e com areia.
