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Sobre alguém que faz a diferença ou ainda há esperança!

28 | 03 | 2018
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Sobre alguém que faz a diferença ou ainda há esperança!

Estamos sempre buscando bons exemplos. Às vezes não precisamos ir muito longe para enchermos nossos olhos com atitudes belas e construtivas.
Vejamos o que com muita alegria tenho a narrar:
Passo algumas vezes por semana, pela manhã, por umas ruas do Jardim Suzano.
Em todos os dias em que por lá estou, me deparo com a mesma cena: uma senhora de avançados anos de vida, creio que mais de sete décadas, quem sabe até mais, varrendo a rua.
Procurei observar se ela limpa somente a frente da sua casa, mais já a vi pelo quarteirão inteiro, de luvas pretas, com a vassoura na mão. Já a vi também depositando o que varreu em caçambas ou enormes latas de lixo.
A rua está um brinco! Sempre.
Ando morrendo de vontade de parar, perguntar seu nome, onde mora e também sobre o que a leva a gastar suas primeiras horas da manhã varrendo rua e calçadas.
Na minha imaginação, vejo que ela ficaria indignada com minha invasão. Penso que pode ficar brava e até me mandar cuidar de minha vida.
Quem será que ensinou a essa velha dama esse ato belo de cidadania, de cuidar pessoalmente do bem comum? Será que foram seus pais? Aprendeu na escola?
Sou uma xereta! Observadora de costumes e as atitudes dessa senhora me encantam!
Quando já vi tanta falta de educação grassando por ai, gente atirando pelas janelas de veículo de tudo, só posso pensar que de certa forma, ainda existe uma saída para nossa vida em sociedade enquanto contarmos com criaturas como a velha senhora que estou descrevendo.
Enquanto procuramos quem faça o nosso dia melhor, a nossa vida mais fácil, nossa rua mais limpa, existe gente que arregaça as mangas e parte para cima, sem esperar por ninguém.
Falamos de cidadania nas escolas. Aliás, falamos muito. No entanto creio que para nossos meninos faltam exemplos em todas as esferas, ouso dizer até, principalmente dentro de casa.
Para formarmos pessoas melhores, é preciso empenho verdadeiro. Vemos muita coisa errada e é nosso dever nos questionar até que ponto é nossa responsabilidade pelo estado em que anda nossa sociedade em geral. Todos nós, sem dúvida, temos uma parcela em todas as mazelas que entristecem nossa sofrida população.
Eu escolhi educar. Essa é a minha vassoura social. Profissão de fé nas pessoas, nas transformações, nos ensinamentos. Fazendo bem nossa parte, os educadores estão realmente plantando para colheitas favoráveis.
Não dá para pensar em mundo melhor sem escola que ensine e família que eduque. Ou dá?

Sonia Regina P. G. Pinheiro