Tempo, tempo, tempo, tempo! O senhor dos destinos!

Hoje começo com uma pergunta: o tempo é sempre igual?
Quando nosso time do coração está perdendo, olhamos a toda hora para o relógio, pedindo que o tempo não passe tão depressa, para que a equipe consiga se superar, vencer ou ao menos empatar a partida.
Já quando estamos ganhando por uma diferença mínima, olhamos para o relógio querendo que o tempo voe para o final do jogo.
Em ambos os casos, temos a sensação de que o tempo é diferente, conforme a situação!
Já para nós que trabalhamos em uma escola de ensino regular sentimos que o primeiro semestre do ano anda devagar, lento, cansativo. Ficamos contando os dias para julho chegar logo e para enfim podermos descansar um pouco.
O planejamento do ano vem sendo executado, os problemas vão aparecendo: dificuldades com alguns alunos e situações que são muitas vezes difíceis de verdade.
Há também a alegria de ver muitos educandos entrando num caminho de progresso e desenvolvimento.
Após julho, sempre digo que o tempo voa impiedoso!
Pensamos que deveríamos começar o semestre bem descansados, no entanto, em setembro já estamos cansados, em outubro, esgotados!
De repente já é novembro e o apito final das atividades escolares começa a nos assombrar!
Não temos tempo para repensar nossas ações e o que nos resta é concluir nosso trabalho observando sempre o que deve ser feito e o que pode ser feito.
Por que o segundo semestre nas escolas parece tão curto?
É uma boa pergunta!
Lembro-me que na época em que eu estava no ensino fundamental (e olha que já faz muito temo!), as aulas começavam em março. Tínhamos o mês de julho inteiro de férias. As aulas terminavam em novembro.
O tempo de aula era curto se comparado ao atual; quatro horas no máximo por dia e às vezes até menos, de acordo com a necessidade de muitos períodos de aula para dar conta da demanda.
A impressão que tenho é a de que aprendíamos muito!
Ensino público de muita qualidade! Ótimos professores! Incentivo à pesquisa em biblioteca, consultas às enciclopédias, cobrança de leitura dos clássicos nacionais e internacionais.
Será saudosismo ou verdade? Não sei! Será que o tempo mexe também com as memórias e transforma verdades em meias verdades?
As aulas recomeçam! Estejamos vigilantes para que o tempo esteja do nosso lado e para que consigamos obter êxito nas empreitadas.
Nossos garotos precisam de nós! Eles são a fé que temos num futuro sempre melhor!