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Vamos festejar? Como?

21 | 12 | 2015
Fala Diretora
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Vamos festejar? Como?

A chegada das Festas de fim de ano traz reflexões e muitas lembranças para as pessoas.
Para mim, por exemplo, recordo de como era importante em casa as celebrações de Natal e Ano Novo. Tempo muito bom! Cheiro do pinheiro de Natal na sala.
Vovô, com seu exagerado senso de fartura italiana, queria ver a nossa mesa apinhada de quitutes e de guloseimas. Preocupava-se se as crianças tinham sapatos novos para a ocasião. Sapatos eram um must! Quem os tinha, luxava.
As famílias se ocupavam com as confraternizações entre parentes e vizinhos.
Hoje as Festas estão cada vez mais esvaziadas. Bem, pelo menos as Festas em família. Os cartões de Natal que faziam os lombos dos carteiros pedirem piedade, estão sendo substituídos por um toque de tecla: Curtir!
Estamos vivendo uma existência simplificada. Os filhos buscam sair no Natal. Às vezes com amigos ou mesmo sozinhos. Os pais estão procurando com quem vão passar essas datas, pois, sabem que se ficarem à deriva, em casa, vai bater o fantasma mascarado da solidão.
Quanta saudade do meu tempo de menina!
Lembro-me que nas escolas as professoras começavam em novembro a dar tratos à bola: o que vamos fazer com as crianças para o Natal? Ai, era árvore de Natal com papel verde de bala de coco, era guirlanda de balas, eram cartões de Natal caprichados, eram músicas ensaiadas para a meninada surpreender a família. As salas de aula eram extensão das casas e ficavam enfeitadas com galhos catados e decorados com o que a imaginação pudesse alcançar.
Hoje nem podemos dizer que o Natal é só comércio. Quem dera! Bons tempos aqueles! Atualmente nem o comércio sente o cheiro do Natal. Tudo vai se modificando e perdendo a magia. As pessoas vão sendo engolidas pelos problemas do cotidiano e deixam rolar pela montanha o que um dia foi muito importante, para dar valor a outras coisas. Pena!
Vamos nos acostumamos às novidades desagradáveis, às ausências, às carências e ao novo modo de vida, que fica velho daqui a pouco.
Felizes são as famílias que se encerram em concha, guardando a pérola do afeto e consideração, tratando todas as ocasiões em que estão juntos como ocasiões especiais.
Que o Natal possa trazer para todos nós esperança, pois o nascimento do Aniversariante sagrado nos incita a acreditar que o que está bom pode ficar melhor. Fé e foco, não são apenas aliterações: necessidades para todos os dias!

Profª Drª Sonia Regina P. G. Pinheiro