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Educar, tarefa fácil! Imagine!

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Educar, tarefa fácil! Imagine!

Pensando em termos de educação nos deparamos sempre com dilemas.
Um deles é talvez uma falácia: antigamente era mais fácil educar. As crianças eram mais obedientes. As famílias colaboravam mais com os professores e por aí vai. Que mentira!
É preciso lembrar sempre que cada tempo tem suas peculiaridades.
Quem já viveu bastante pode se lembrar de situações que hoje em dia seriam minimamente impensáveis: palmatória e castigos dos mais perversos. Os professores e os pais tinham poderes praticamente de vida e morte sobre as crianças e os jovens.
Crianças e jovens num tempo não muito distante eram considerados cidadãos de segunda categoria. Nada decidiam. Nada falavam e se ousassem, a vara estava pronta para entrar em ação sem dó e sem piedade. Tempos doloridos e dolorosos.
Hoje vivemos a era do “de um polo a outro”. Vemos as crianças e os jovens ditando regras, dando as rédeas e jogando com todos os coringas!
Num tempo e no outro, educar mostra-se uma tarefa bastante delicada. Tanto para a família, que é responsável pela chamada educação informal, quanto para a escola.
No entanto o que deve margear ambas instituições são: bom senso, paciência, valores, tolerância, firmeza de intenções, foco e uma pitada generosa de carinho. Sem ternura, já dizia o velho Che, não colhemos com as mãos cheias!
Para quem gosta de gente e de desafios, educar é um prato cheio e saboroso que precisa ser servido quente, mas saboreado pelas beiradas.
Cada dia é uma página! ” Cada mergulho um flash”! Não há como desanimar ou desistir, pois, quem está na posição de pai, mãe ou professor têm nas mãos material muito importante que não só pode trazer a glória sublime dos objetivos alcançados, mas o amargor da decepção.
Tem dia, tem semana, tem mês que tudo o que desejamos é achar um buraco bem fundo e lá nos recolhermos para tentar brotar novamente com forças redobradas.
Tem horas em que bradamos aos quatro cantos: Onde foi que eu errei?
Porém, nada é mais agradável e divino do que constatar que apesar dos pesares, fizemos nossa tarefa de tal forma a entregar nosso garoto à sociedade com excelentes possibilidades de que ele nela se insira com sucesso, alegria e compromisso.
Mãe e professora. Pai e professor. Fizemos a nossa escolha de forma consciente. Sabemos, pois, que deitar a cabeça no travesseiro e sonhar com os anjos, depende de nossa atitude perante essas criaturas colocadas sob nossa tutela.
Sejamos, então, sempre responsáveis e cada vez mais.
Desesperar jamais, como diria o poeta.

Drª Sonia Regina P. G. Pinheiro