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Inteligência artificial: ganhos! E a inteligência natural?

14 | 02 | 2025
Fala Diretora
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Inteligência artificial: ganhos! E a inteligência natural?

Ficamos encantados com o progresso! Quanta novidade! Tudo muito rápido! Muita rapidez em tudo, até na cozinha! Comida a jato! Facilidades! Fast food!
Por que será que eu me derreto diante de uma galinha caipira, feita lentamente no fogão a lenha quando visito minhas primas no interior? Parece que a comida tem um gosto diferente. Será mesmo ou é só impressão!?
Por falar em rapidez, as ligações telefônicas há um bom tempo atrás eram feitas assim: tirar o telefone do gancho, esperar alguns minutos para uma telefonista te atender e você pedir a ela uma linha. Hoje basta um toque e já estamos conversando ao telefone.
Agora, tudo é tão depressa! Infelizmente até nos damos conta que se não é rápido, não nos interessa!
O que dizer da inteligência artificial, ganhando espaço na nossa vida cotidiana; no trabalho, em casa e nas escolas. Facilitando nossa existência?
Por um lado, falamos com as máquinas, às vezes mais até do que com pessoas! Fazemos perguntas às máquinas. Elas nos dizem o que queremos saber sobre o tempo. Elas respondem ao nosso bom dia. Elas são para algumas pessoas uma “companhia”. Ganhos!
Alguns médicos colocam sintomas no chat e já recebem em segundos, a informação do problema de saúde do paciente e até a receita para a compra dos medicamentos.
Em todos os âmbitos, muitos estão se entregando de corpo e alma às facilidades tentadoras da Inteligência artificial. Há também lógico, os malfeitores! Hoje podem usar a voz de um ente querido e solicitar quantias para viverem à sombra de quem luta para ganhar seu sustento.
A influência da inteligência artificial nas nossas escolas tem se mostrado enorme! Os alunos mais velhos estão em sua maioria, viciados nas consultas rápidas para solucionar suas tarefas escolares. Os textos, as redações e os exercícios saem prontos.
Já estivemos nos bancos escolares na adolescência e sabemos que ela é um tempo no qual a turma quer se livrar rapidamente das demandas. Copiar trechos inteiros de outras pessoas, colar nas provas e tantos outros subterfúgios eram e são utilizados pela nossa meninada. Malandros!
Quando vem a conta, a Inês já é morta, ou seja, o tempo passou e as oportunidades de aprendizado foram pelo ralo.
Vestibulares em boas universidades, concursos públicos para bons cargos, entrevistas de emprego viram impossibilidades. Pena!
Já ouvi uma centena de vezes nossos ex-alunos se lastimar por não terem se dedicado aos estudos quando tiveram a oportunidade. A moçada quando está na escola, em sua grossa maioria, não está nem aí para a paçoca! Pena e desperdício!
Pelas dificuldades que os docentes enfrentam também face a essas facilidades usadas e abusadas pelos alunos, cresce em progressão geométrica a minha admiração pelos professores da escola básica. São encantadores de serpentes! Tiram literalmente leite de pedra. Não jogam a toalha! Gente da melhor qualidade!

Sonia Regina P. G. Pinheiro

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